Enquanto faziam escavações em Susa, sudoeste do atual Irã, arqueólogos franceses descobriram um monólito de basalto negro, cilíndrico, com 2,25 m de altura e 1,5 m de circunferência, na qual havia inscrições em escrita cuneiforme, que se estendiam por 46 colunas e 3.600 linhas.
A tradução do texto revelou que se tratava de um conjunto de normas enunciadas pelo Rei Hamurabi, que transformou a cidade de Babel em um poderoso e próspero império, estabelecendo a primeira dinastia babilônica. Em seu governo (1792 a 1750 a.C.), realizou competente diplomacia, empreendeu conquistas militares e promoveu alianças, que resultaram na unificação de diversas cidades-estados, sob seu comando e visão civilizatória.
O hábil Hamurabi cuidou da infraestrutura física e política de seu reino, com canais de irrigação, fortificações e incremento da administração. No campo jurídico, congraçou tradições sumérias à “Lei de Talião”, vigente entre as tribos semíticas do deserto. O resultado foi um código civil e penal que se acredita tenha sido afixado em diversos pontos do reino, sobretudo no pórtico de Babel, para que súditos e visitantes conhecessem as leis a que estavam sujeitos.
Na parte superior da estela, está insculpida, em baixo relevo, cena em que Hamurabi recebe do deus Shamash bracelete e cetro representativos de seu poder. Segundo narrado no prólogo do texto, trata-se do momento em que o deus incumbiu o rei de promover a justiça em seu nome.
🎬 Assista a vídeo com descrição dos elementos da “Estela do código de Hamurabi”.
Leia também:
- Panteão 〉 Hamurabi,
- Exórdio 〉 Justiça de Hamurabi.
BIBLIOGRAFIA
COLARES, Virgínia. A Estela do Código de Hammurabi: uma leitura semiótica In: Universidade Católica de Pernambuco. Revista Symposium. Número Especial. Ano 3 (julho-99). p. 48-54. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/2671/2671.PDF. Acesso em: 09 jun. 2023.
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